domingo, 7 de julho de 2013

Et's no Egito?


A imagem acima não é uma montagem ou um truque de perspectiva. É a fotografia de uma das cheias do Nilo, tomada em outubro de 1937 — Embora praticamente todos tenham aprendido na escola que um dos alicerces da antiga civilização egípcia eram as cheias anuais do rio Nilo, o significado disto parece não chegar às mentes das pessoas por um simples motivo. As cheias anuais do Nilo já não ocorrem como antigamente.
Em 1970, com apoio da União Soviética, o governo nacionalista egípcio completou a versão mais ambiciosa da represa Aswan, uma das maiores do mundo, o que fez com que o Nilo fosse controlado — foi nessa ocasião que vários templos foram movidos, como o de Abu Simbel, movido para ficar 65 metros mais alto, ou mesmo o de Dendur, 800 toneladas movidas para Nova Iorque. E ainda dizem que nossa tecnologia ainda seria incapaz de erigir pirâmides — a própria represa Aswan é uma obra de engenharia maior e mais complexa que a Grande Pirâmide.
Mas voltando ao assunto. Depois da represa Aswan, onde antes as águas podiam chegar quase todo o ano até as margens do planalto de Gizé, a pouca distância das famosas pirâmides, hoje vemos cidades densamente povoadas, construídas em algumas décadas e que não lembram ao turista que toda aquela área era periodicamente inundada.
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Esse pequeno detalhe é muito importante para entender melhor como os antigos egípcios conseguiram transportar blocos de toneladas das pedreiras até as pirâmides. Como se vê na fotografia por satélite acima, as pirâmides estão nas margens do planalto de Gizé. As cheias do Nilo, além de fertilizar os campos e deixar os agricultores ociosos — seus campos inundados — também muito convenientemente ligavam pela água as pedreiras até o local onde as pirâmides foram construídas, principalmente com canais construídos para tal sem tanto esforço. O próprio Heródoto, que viveu 2.000 anos depois da construção das pirâmides, mencionou o uso de tais canais pelos egípcios.
O Nilo fornecia assim não apenas alimento, como transporte. Suas cheias determinavam um período do ano ocioso aos agricultores. Este período podia ser previsto por estudiosos que estudassem os astros e criassem um calendário, e a ociosidade também implicava na necessidade de gerenciar a produção e armazenamento de alimentos. As cheias também incentivaram a demarcação de territórios para os agricultores e assim, o desenvolvimento da geometria. Que os antigos egípcios tenham assim criado uma sociedade altamente organizada, que durante os períodos de inundação se dedicava a grandes obras aplicando conceitos avançados de geometria, não é algo que pareça fazer algum sentido?
Não só faz sentido, como há farta evidência de que tudo ocorreu mesmo assim, do nome do faraó Queóps incrustrado na Grande Pirâmide, às vastas cidades e mesmo cemitérios dos trabalhadores voluntários ao redor das construções. Veja mais sobre as pirâmides no Projeto OckhamOs antigos egípcios realmente não construíram as pirâmides sozinhos. Tiveram a ajuda do rio Nilo, que souberam aproveitar com inteligência e perspicácia criando uma obra que foi por milênios a maior demonstração da capacidade humana.

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